Ser mãe no Brasil é aprender, desde o momento da descoberta da gravidez ou adoção, até o retorno ao trabalho, a retomada de projetos e a vida social, que o único caminho é lutar pelo direito de maternar!
Não é fácil! Uma pesquisa feita pela Catho em 2018, que ouviu 2,3 mil profissionais, apontou que 30% das mulheres deixam o mercado de trabalho para cuidar dos filhos. Entre as mães, 48% afirmam que já tiveram problemas no trabalho por ter que se ausentar porque o filho passou mal, e 24% enfrentam conflitos por atrasos nos dias de reuniões escolares. A pesquisa também registrou queixas de comentários desagradáveis - especialmente dos chefes -, subestimação, redução de carga horária, de salário e exclusão de projetos devido a forma como a sociedade compreende a maternidade.
Não é fácil! É preciso lutar pela vida e por direitos de todas que exercem a função materna. Por garantias socioeconômicas e políticas públicas que favoreçam a liberdade e a proteção de mulheres e crianças, como emprego, educação, saúde e assistência social.
Ações que incentivem a redução ou readequação da jornada de trabalho - turnos alternativos negociáveis para mães e pais com filhos pequenos - extensão da licença-maternidade e a oferta de creches públicas para toda a população de 0 a 3 anos; educação sexual para adolescentes meninos e meninas; orientações sobre planejamento familiar, entre outras medidas.
Ações como estas, além de favorecer condições básicas, desempenham um papel fundamental na vida de mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade, sistematicamente alvos da violência econômica, social e doméstica.
Por isso, no dia de hoje, o SINDSIFCE celebra, sim, todas as mulheres que maternam, mas lembra que o único caminho é lutar por esse direito! Todo dia! Cada vez mais!
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