Após quase 20 dias, as(os) servidoras(es) do IFCE suspenderam a greve sanitária. A decisão, tomada em Assembleia realizada hoje, 11 de fevereiro, foi amplamente discutida durante quase 4 horas de reunião.
A ruptura das negociações por parte da Reitoria e a perseguição política sofrida pelos grevistas, com ameaças administrativas e assédios em conjunto com a Procuradoria do IFCE, impulsionaram novas táticas para a luta coletiva.
A Reitoria atendeu à solicitação de apenas uma reunião. Os servidores e as servidoras, presentes na ocasião, testemunharam uma postura indiferente, desmascarando o discurso falacioso de que a Reitoria é "aberta ao diálogo". Ofícios enviados solicitando a continuidade das negociações foram ignorados e, como “resposta”, foi emitido o Ofício-circular nº 10/2022 PROGEP/IFCE, de 02/02/2022 (assinado em 07/02/2022), orientando as gestões locais dos campi a delatarem grevistas à PROGEP, com o envio de listas daquelas(es) que aderiram à greve sanitária (nominado de "movimento paredista" pela Reitoria, embora não houvesse paralisação das atividades de trabalho).
Diante disso, com vitórias parciais, mas muito importantes (como a garantia da aquisição e a aceleração do fornecimento de máscaras PFF2/N95), da regulamentação do passaporte vacinal (Resolução nº 2/2022, de 28 de janeiro de 2022) e a atualização do plano de contingência de 2020 (Ofício Conjunto Circular nº 4/2022 PROEN/REITORIA), a categoria decidiu pela retomada do trabalho presencial.
O SINDSIFCE, no entanto, acompanha com preocupação o retorno às atividades, visto que os números da pandemia não param de crescer. Além disso, a pesquisa realizada com quase 400 servidores, apontou a insegurança dos docentes e técnicos-administrativos: 91,% relataram não se sentirem seguros quanto ao risco de contaminação e de propagação da COVID-19 entre a comunidade acadêmica.
O Sindicato dos Servidores do IFCE reafirma o compromisso com a luta em defesa da vida e da saúde da categoria, além da construção de uma nova cultura gestora para a instituição: sem adoecimento, sem assédio e sem medo.
🎥 Clique aqui e confira o informe de Claudenira Melo, Coordenadora Geral do SINDSIFCE.
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