
Mantendo postura crítica à pressão que a Reitoria do IFCE vem exercendo sobre os servidores quanto a exigências para trabalho remoto e retomada do semestre letivo, o SINDSIFCE está lançando uma pesquisa sobre o tema, a ser respondida pelos trabalhadores e pelas trabalhadoras do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará. Entre os objetivos do levantamento, do qual os servidores devem participar preenchendo formulário online ( Clique aqui), está aferir areal condição e os limites e dificuldades dos docentes e TAEs para a realização do trabalho remoto. A pesquisa também inclui os terceirizados. A identidade dos participantes da pesquisa será preservada.
O levantamento inclui questões como "Como você está realizando trabalho nesse período de pandemia?", se está havendo fornecimento de EPIs nos casos de trabalho presencial, se há diálogo com a chefia ou decisões impostas de forma vertical. Também há perguntas sobre a saúde dos servidores e familiares, quanto ao nível de exposição ao risco de contaminação pelo coronavírus.
A sondagem também inclui a questão da saúde psicológica dos servidores, abordando temas como medo, desamparo e ansiedade, além da possibilidade ou não de acesso a atendimento psicológico. Além de um levantamento detalhado sobre as reais condições (ou a falta delas) para o trabalho remoto e quanto ao aumento de demandas do Instituto sobre os servidores, que agora precisam lidar mais intensamente, ao mesmo tempo em que trabalham, com outros desafios domésticos e familiares.
Formulário foi construído coletivamente
A iniciativa da pesquisa e a elaboração do formulário se deram de forma coletiva, com a Diretoria Colegiada do SINDSIFCE contando com contribuições de outros servidores e servidoras. Também foi utilizado como referência instrumental elaborado pelo Conselho Regional de Serviço Social (CRESS/CE).
Sindicato presente na defesa dos servidores
Desde o início dos efeitos da pandemia no Brasil e o começo do período de isolamento social no Ceará, o SINDSIFCE ressalta a importância de assegurar o trabalho remoto para todos, de preservar os direitos e a saúde física e psicológica dos servidores, de não haver abuso nas exigências de relatórios do trabalho à distância nem aumento desproporcional das demandas aos trabalhadores e trabalhadoras. O Sindicato lutou para integrar o comitê formado no IFCE quanto ao tema, atuou judicialmente buscando garantir os direitos e a proteção à saúde dos servidores, além de chamar atenção da sociedade para situação vivida pelos trabalhadores do IFCE.
O SINDSIFCE também alerta para os riscos da pressão da Reitoria pela retomada do semestre letivo, incluindo a compra de milhares de chips para celulares, argumento para dizer que os estudantes poderão assistir a aulas online. O Sindicato questiona essa pressa e essa imposição, avaliando que os docentes não possuem experiência e capacitação prévias para aulas online, que essa formação não se realiza eficazmente em cursos rápidos.
O SINDSIFCE alerta ainda para as realidades diferentes entre os estudantes, muitos dos quais estão enfrentando severas dificuldades sociais, inclusive para necessidades básicas, como alimentação, além de nem sempre dispor de ambiente adequado para estudo em casa. A qualidade do processo pedagógico não pode ser sacrificada pela pressa em retomar o semestre.
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