// O Sindicato dos Servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (SINDSIFCE) vem se manifestar, neste momento dos mais desafiadores, em prol da segurança e da saúde pública, bem como da precaução e do zelo pela vida de todos os que fazem a comunidade acadêmica.
Conforme amplamente noticiado pela imprensa e confirmado por especialistas em saúde e pelas autoridades governamentais, o amplo isolamento/distanciamento social é uma medida urgente e necessária para minimizar a proliferação do novo Coronavírus e da Covid-19.
Nosso País poderá viver uma convulsão social sem precedentes, caso não consigamos "achatar a curva" de multiplicação da doença. Se o avanço da doença, com destaque para seus casos mais graves, se der de forma mais rápida e abrangente do que a rede de atendimento de saúde pode suportar, em ritmo superior ao da disponibilização de leitos de UTI e de câmaras de ventilação, teremos um cenário de enorme tragédia, de proporções ainda desconhecidas.
Diante dessa realidade, é necessária uma ampla conscientização. Impõe-se urgente e forte mudança de hábitos, em todos os segmentos da sociedade. O distanciamento físico entre as pessoas é, ao que se conhece hoje, a única forma de minimizar ou retardar a proliferação do vírus. Sabendo disso, precisamos todos realizar profundas mudanças em nosso dia a dia e exigir do Poder Público condições para isso.
Para proteger seus cidadãos, o Brasil precisa, literalmente, paralisar e adaptar à nova realidade a maioria de suas atividades produtivas. Transporte público, escritórios, fábricas, instituições de ensino... Todos os locais de concentração de pessoas.
Até segunda ordem, sem prazo definido e com novas medidas a cada reavaliação de cenário, é preciso, além da repetida lavagem de mãos, do uso de álcool-gel, da desinfecção de objetos, do cuidado geral com a saúde, diminuir a convivência presencial.
Especialistas em vigilância sanitária, epidemiologistas e infectologistas comungam da avaliação de que vivenciaremos entre abril e maio um pico de proliferação do coronavírus e da Covid-19. Pelo menos até esse período, é necessário o máximo cuidado. Todos somos responsáveis pela segurança uns dos outros.
Nesse contexto, o SINDSIFCE avalia como PERTINENTES, MAS INSUFICIENTES as medidas anunciadas nesta segunda-feira, 16/3, pela Reitoria do IFCE e pelo Comitê formado para tratar de medidas de urgência relativas ao Covid-19, quanto à situação do Instituto neste momento e nos próximos meses.
Concordando com a paralisação das aulas, o Sindicato considera que esta deve ser formalizada "sine die", ou seja, SEM PRAZO PREVISTO PARA RETORNO, até que haja expressa autorização dos órgãos de gestão da saúde pública.
O Sindicato ressalta a necessidade de SUSPENDER TODAS AS ATIVIDADES PRESENCIAIS, para PROTEGER TODOS(AS) OS(AS) INTEGRANTES DA COMUNIDADE ACADÊMICA, incluindo os(as) TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS(AS) e os(as) TERCEIRIZADO(S).
Estes precisam ter o mesmo direito a se proteger, passando a trabalhar à distância - quando possível, em "home office" - e sendo liberados de cumprimento de atividades que não sejam absolutamente essenciais, sem prejuízo para seus salários e sua carreira.
O SINDSIFCE se coloca à disposição e solicita assento para compor o referido Comitê de prevenção e combate ao coronavírus e à Covid-19, esperando que possamos estabelecer o melhor diálogo, em prol da saúde dos servidores e de toda a sociedade.
A Diretoria Colegiada do SINDSIFCE
|