
Saiu um reajuste para os servidores e as servidoras do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará. Mas não um reajuste de salário, e sim de contribuição previdenciária, o que traz impacto negativo direto para o bolso dos trabalhadores e trabalhadoras do Instituto, em um dos momentos mais desafiadores da carreira e do serviço público como um todo, no Brasil.
O reajuste na contribuição previdenciária, imposto pela "reforma" (na realidade, deforma) da Previdência, do atual Governo Federal, passa a ser cobrado já a partir do mês de março, início da validade das novas alíquotas.
Com isso, os servidores passam a ter prejuízos concretos, sentindo no bolso o impacto da "reforma" que também impedirá milhões de brasileiros de conquistar o simples direito à aposentadoria, devido a exigências fora da realidade do mercado de trabalho no País, como aumento do tempo de contribuição, em um contexto de forte desemprego e de expansão do trabalho informal.
As mudanças se aplicam tanto ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) – que abrange servidores públicos – quanto ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) – que reúne contribuintes da iniciativa privada e de municípios sem regime previdenciário próprio.
Confira as novas alíquotas para servidores públicos federais no RPPS da União:
Até um salário mínimo: 7,5%
Entre um salário mínimo e R$ 2 mil: 9%
Entre R$ 2 mil e R$ 3 mil: 12%
Entre R$ 3 mil e o teto do RGPS: 14%
Entre o teto do RGPS e R$ 10 mil: 14,5%
Entre R$ 10 mil e R$ 20 mil: 16,5%
Entre R$ 20 mil e o teto constitucional: 19%
Acima do teto constitucional: 22%
Como calcular a "facada":
Para descobrir os impactos das novas contribuições em seu orçamento, há duas opções de cálculo disponíveis no site do Sinasefe. Confira em https://bit.ly/31tYVpq
Para os servidores federais da ativa, as novas alíquotas representam um impacto de até R$ 778,24 por mês, no salário.
Somente na luta podemos mudar essa realidade
Para o SINDSIFCE, o prejuízo direto aos servidores e às servidoras do IFCE é motivo de indignação e também de ação. Só através da luta poderemos denunciar mais esse ataque aos servidores públicos federais, mostrando à sociedade o caráter injusto da medida e a necessidade de defesa dos servidores e dos serviços públicos.
Por isso o Sindicato está chamando para a Assembleia Geral dos servidores do IFCE, sexta-feira, 14 de fevereiro, 15h30, na Assetece, e para o 18 de Março, Dia de Greve Geral Nacional em Defesa dos Direitos e dos Serviços Públicos. Todas as centrais sindicais foram conclamadas a um grande ato unificado nessa data, de Greve Geral de todos os trabalhadores e trabalhadoras do País.
Participe! Mobilize os colegas de setor e de campus. Não se cale! Some sua voz a essa luta. Conte com o SINDSIFCE!
Pauta da Greve Geral
A pauta da Greve Geral do 18 de Março será a luta contra os ataques do governo Bolsonaro ao funcionalismo público, tendo como destaques:
- defesa dos serviços e dos servidores públicos;
- defesa das carreiras e dos direitos do funcionalismo público;
- contra a redução da jornada de trabalho com redução salarial;
- contra a Reforma Administrativa, que precarizará a atividade profissional e a vida dos servidores públicos;
- denúncia dos impactos da Reforma da Previdência para a classe trabalhadora.
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